segunda-feira, 30 de maio de 2011

Entrevista a Joey Jordison - baterista de Slipknot





Joey Jordison (batizado como Nathan Jonas Jordison em 26 de Abril1975 em Des MoinesIowa) é um bateristaestadunidense que toca na banda de Nu-Death Metal Slipknot. É o mais baixo integrante da banda (assim costumam chama-lo de "Pequeno Notável"). Prefere a guitarra do que a bateria. Foi um dos fundadores da banda e toca guitarra em uma banda paralela chamada Murderdolls.
Joey já tocou nas seguintes bandas: Avanga, The Havenots, Anal Blast, The Regects, Satyricon, Metallica, Otep, American Head Charge e Ministry
No MuderDolls ele gravou as partes de bateria e guitarra do cd, enquanto a banda não tinha baterista próprio.
  • Nome: Joey Jordison
  • Número: 1
  • Máscara: usa uma máscara kabuki-japonêsa branca, bastante simples e sem expressão. Durante o Ozzfest de 99, Joey fez algumas pinturas que deram mais vida à sua máscara. Ao longo da carreira, essas mudanças se tornaram mais freqüentes.
  • Slipknot: bateria
  • Data de nascimento: 26 de abril de 1975
  • Detalhes: baixinho e falador, o baterista do Slipknot diz que a falta de expressão da sua máscara combina com ele. Não importa se ele está alegre ou puto da vida... ninguém saberá que sentimento está por de trás dela. Não gosta de brigas por causa da sua altura. Admira muito Ross Robinson e diz que o cara é completamente louco. Joey diz que durante as gravações do álbum, Ross jogou um vaso nele. O vaso acabou acertando a parede e os pedaços se expalharam por toda parte... tinha pedaços do vaso até na sua boca. Escolheu o número 1 pois esse número significa "começo" e na maioria das vezes é ele que coloca o primeiro tijolo para iniciar a construção das músicas. (Ele diz ser primo de Marilyn Manson)




Ele começou a gostar do estilo metal quando aos seis anos de idade viu no Jornal que Ozzy Osbourne tinha arrancado a cabeça de um morcego com a boca, "Imediatamente pensei que Ozzy era o melhor".
Fez parte de um projecto da Roadrunner Records chamado "Roadrunner United", que consistia num grupo constituído por membros das várias bandas ligadas à editora.
No Verão de 2007, será o baterista dos Korn durante a sua tournê nos Estados Unidos e na Europa, desconhecendo-se ainda a existência de qualquer colaboração de estúdio com esse grupo.









Entrevista com Joey Jordison

por Carlos Fernando Maggiolo - 16/10/2004 

Joey Jordison é o baterista dos Slipknot e um dos seus principais porta-vozes. O Nº1 da banda mascarada mais famosa do planeta defende a honestidade e a integridade como os valores máximos dos Slipknot.
Crítico do nu-metal, Joey Jordison olha o "homem invisível", que toma as grandes decisões, como o grande inimigo dos Slipknot. Não é anti-republicano e até concorda com a defesa da pena de morte preconizada por George W. Bush.

Site Batera: A vida dos Slipknot é demasiado "stressante"?

Joey Jordison: Não a consideraria "stressante". É definitivamente trabalhosa. Mas quando há por aí bandas que não conseguem a exposição que temos, só penso no quão sortudos somos e que temos uma excelente vida. Reflito muito sobre isso, assim como donde venho. Há bastante trabalho nos Slipknot, mas é para isso que aqui estou. Sentimo-nos afortunados, se tivermos em conta que a nossa cidade de origem é Des Moines - uma terra pequena onde nunca se é reconhecido como músico - e que conseguimos pôr a nossa banda pra tocar para as massas.

Site Batera: Normalmente conjugam a imagem da banda com a violência. Você acha que a nossa sociedade está ficando demasiado violenta?

Joey Jordison: Se olharmos para a América de hoje e para os bombardeios de aviões americanos sobre o Iraque, considero que vão surgir sérios problemas no futuro. Estou mesmo de mal com o meu país. É esse estado de coisas que provoca turbulência nas nossas cabeças. É por isso que há bastante verdade em torno de nós. A honestidade é o nosso alvo principal; musical e visualmente. É um reflexo do que fizemos no nosso primeiro álbum. Não é uma atitude contra nenhuma banda ou contra o mundo. É mais contra o "homem invisível" que está lá em cima e toma as decisões. A nossa hostilidade reflete-se mais em relação a esse tipo de gente.

Site Batera: Vai ser difícil manter unida uma banda de nove membros?

Joey Jordison: Nunca penso muito nisso. Nove pessoas é muita gente. Nunca me imaginei numa banda com tantos membros. Mas foi assim que conseguimos obter o som que queríamos. Será que brigamos? Não, isso nunca acontece.

Site Batera: Como foi a sua entrada nos Slipknot?

Joey Jordison: Já nos conhecíamos quando éramos mais novos e tocávamos em diferentes tipos de bandas. Os Slipknot começaram por ser cinco e foram-se alargando até terem atingido o número de nove. Recrutamos os melhores membros das bandas locais.

Site Batera: Já partilhavam todos da mesma filosofia de vida?

Joey Jordison: Sim, aliás, não escolheríamos uma pessoa que soubéssemos que não iria funcionar no nosso grupo. Fomos muito cautelosos na escolha dos membros dos Slipknot. Havia bons instrumentistas mas que tinham que se adequar à personalidade da banda.

Site Batera: O que é que leva você a usar máscaras?

Joey Jordison: Todo mundo da nossa cidade só queria saber quem tinha entrado e saído da banda, mas o problema é que ninguém nos ia ver tocar. Era como se não estivéssemos ali dando os nossos shows. Tornou-se muito doloroso para nós ninguém nos apoiar. Pensamos para nós: "Que se ****! Se nos tratam como anônimos e sem qualquer respeito pelo que fazemos, assim vamos nos manter e não terão o privilégio de ver as nossas caras".

Site Batera: Cada máscara é um reflexo de uma personalidade individual?

Joey Jordison: Sim. A minha máscara, por exemplo, não reflete somente um aspecto. Pode significar amor, ódio, beleza, nojo, ou tudo ao mesmo tempo. Não é algo que possamos classificar facilmente. Gosto da minha máscara por ser multifacetada, é por isso que gosto tanto de usá-la.

Site Batera: Qual é a sua opinião sobre o seu atual Presidente?

Joey Jordison: O pai dele foi Presidente dos Estados Unidos, o que para muita gente na América é uma segurança, apesar de ter feito um monte de porcarias. E como pensam que o pai foi um bom Presidente, pensam que o filho vai também fazer um bom serviço nos próximos quatro anos. Não posso dizer se sou ou não um apoio de George W. Bush. A nossa banda não faz muito dinheiro, mas pertencemos já a uma classe que já não paga tantos impostos. Se me tivesse mantido preso às minhas origens, sei que seria bastante mal para mim. Se pensar nos jovens - e eles são o futuro - o W. Bush não está realmente a par dos seus problemas.

Site Batera: Quando o George W. Bush foi governante do Texas, ocorreu naquele estado um número elevado de penas de morte. Defende a pena de morte?

Joey Jordison: Depende do castigo que se der ao crime que se praticou... Acho que apoio a pena de morte.

Site Batera: Concorda portanto com a atitude de apoio de W. Bush à pena de morte?

Joey Jordison: Sim.

Site Batera: E os Slipknot são uma democracia?

Joey Jordison: Absolutamente. Somos nove pessoas que se gostam mutuamente e vamos para o palco como um todo. Todos têm uma importância igual. Nós sabemos quais são as nossas origens e demoramos dez anos para aqui chegar.

Site Batera: Aprecia o movimento do nu-metal, atribuído a bandas como os Limp Bizkit?

Joey Jordison: O nosso produtor Ross Robinson ajudou a criar esse som, e agora está a fazer tudo para se ver livre desse movimento musical. Houve quem nos envolvesse no nu-metal por causa da nossa popularidade. Temas como "(Sic)" e "Sur Facing" não têm nada de nu-metal, e contém uma forte carga de guitarras. Falando como baterista, gostava de ver essas bandas de nu-metal tocando o "(Sic)" e o "Sur Facing"... Não apoio nada esse som.

Site Batera: O que você tem escutado atualmente?

Joey Jordison: Venho ouvindo muito o black-metal norueguês.

Site Batera: Vocês são escravos da indústria musical?

Joey Jordison: Não, basta reparar no nosso material de show que tem inscrito a frase "kill the industry tour". Que se lixe a indústria. Sempre que a indústria decide uma coisa por nós, fazemos exatamente o contrário. É o que sucede com o nosso álbum, onde não há quaisquer canções "radio friendly". Nós gravamos, para o "Iowa", material bastante pesado, contrariando o que o pessoal da indústria nos dizia - para se ganhar novas massas e toda aquela treta toda. Os nossos fãs mais hardcore estão conosco desde o início. Não vamos fazer nenhuma tentativa para obter uma nova audiência. Se isso acontecer, ótimo. Mas isso não ocupa as nossas mentes. O que pretendemos é preservar a nossa integridade.

retirado do batera.com.br



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